Motivado pelas crescentes represálias contra dirigentes sindicais dos jornalistas no Ceará, o presidente da FENAJ, Celso Schröder, esteve em Fortaleza nesta quinta-feira (12), buscando uma solução para o problema. A denúncia das práticas antissindicais dos jornais Diário do Nordeste e O Povo foi levada à Camara Municipal da capital cearense no dia anterior. Também nesta quinta-feira houve o segundo Ato Público em Defesa da Liberdade de Organização Sindical, em frente ao jornal O Povo. O primeiro ocorreu no Diário do Nordeste no último dia 3.

Celso Schröder, que também é presidente da Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC) e membro do Comitê Executivo da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), manifestou aos dirigentes do Diário do Nordeste e de O Povo que o problema já gerou repercussão internacional. “Este tipo de cerceamento à liberdade de organização sindical está colocando o Brasil em situação constrangedora”, comentou, considerando que as práticas antissindicais não contribuem para o aperfeiçoamento do processo democrático.

Acontecimento
No último dia 2, Samira foi afastada da redação do jornal Diário do Nordeste, onde atuava como repórter. Com ela já são seis os diretores dos Sindicatos dos Jornalistas e dos Gráficos demitidos ou afastados de suas funções profissionais. “Praticamente toda a executiva do Sindjorce foi retirada das redações. Os jornais nos impedem de entrar nos nossos locais de trabalho. Eles não entendem que estamos em um momento de diálogo e nos atacam”, disse. De acordo com ela, se não forem revistos pelas empresas, os casos serão levados à Organização Internacional do Trabalho (OIT) pela FENAJ.

*Com informações da FENAJ